A mudança do clima e a falha na sua contenção figuram entre os principais riscos globais para os próximos anos, com potencial para impactar toda nossa cadeia de valor, por isso o tema está entre as prioridades da nossa estratégia.
Somos um dos 27 fundadores do Programa Brasileiro GHG Protocol e há mais de uma década publicamos no Registro Público de Emissões o inventário de emissões de gases do efeito estufa. Nosso inventário é auditado por terceira parte e detém do Selo Ouro, que nos certifica com o nível mais alto do programa, trazendo transparência e confiabilidade nos dados reportados.
Nossas emissões de gases de efeito estufa são monitoradas e controladas. A partir do mapeamento do Escopo 3, isto é, as emissões indiretas que ocorrem ao longo de nossa cadeia de valor, identificamos que o maior impacto de emissões de gases de efeito estufa (GEE) está na cadeia de fornecimento. Entre as principais fontes estão o uso do solo na produção de grãos, o manejo de dejetos na criação dos animais pelo sistema de integração e o transporte ao longo da cadeia.
Nas operações industriais, onde estão as atividades de manufatura, as fontes estacionárias são as mais relevantes em função da quantidade de combustíveis requerida pelos processos; no entanto, por termos mais de 90% de nossa matriz energética proveniente de fonte renovável, esse impacto é reduzido de forma significativa.
Anualmente, reportamos nossa performance relacionada às mudanças climáticas na plataforma do CDP, prezando pela transparência.
Para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e contribuir para o fortalecimento de uma economia de baixo carbono, estabelecemos o compromisso de ser uma companhia Net Zero até 2040, contribuindo para os esforços mundiais contra o aquecimento global.
Serão implementadas ações para reduzir, até 2030, 35% das emissões diretas geradas pelas operações da empresa (Escopo 1) e indiretas originadas pelo consumo de energia elétrica ou térmica (Escopo 2) e 12,3% das emissões indiretas e que não pertencem à Companhia (Escopo 3), além de neutralizar emissões residuais até 2040. Estas metas foram traçadas tendo como referência as emissões de 2019 e 2020, respectivamente.
Nosso plano de ação está baseado em 4 frentes de trabalho: compra sustentável de grãos, fomento à agricultura de baixo carbono, aumento do uso de energia renovável e incremento da eficiência operacional, e demos passos concretos nessa direção.
Nosso pilar em números
Iniciativas
Na frente de compra sustentável de grãos, assumimos o compromisso de uma cadeia de suprimentos, direta e indireta, livre de desmatamento até 2025.
Além do compromisso de ter a rastreabilidade de 100% dos grãos aquiridos no mesmo prazo. Para isso estabelecemos, a Política de Compra Sustentáveis de Grãos com critérios socioambientais pelos quais nossos fornecedores, diretos e indiretos, são avaliados e deverão estar em compliance. Para garantir a rastreabilidade dos grãos adquiridos, utilizamos uma plataforma baseada em dispositivos geoespaciais e sistema de informações geográficas (GIS) possibilitando o cruzamento dos critérios territoriais com dados referentes a localização das propriedades, que é identificado no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Para os critérios nominais, é realizado o cruzamento das listas públicas com CPF/CNPJ do produtor, a fim de avaliar o atendimento dos critérios socioambientais.
Em 2023, conquistamos 100% de rastreabilidade dos fornecedores diretos de grãos e 77% dos indiretos na Amazônia e Cerrado, que correspondem a 62% do volume adquirido. Considerando todos os biomas, alcançamos 99,9% de rastreabilidade dos fornecedores diretos e 79% dos indiretos.
Em relação a agropecuária de baixo carbono, nossa principal iniciativa está em gerar escala à utilização de energia solar em nossos produtores integrados.
Em 2021, firmamos um convênio com o Banco do Brasil para disponibilizar R$ 200 milhões em financiamento facilitado, com taxas de juros menores, para financiar investimentos na instalação de painéis de energia solar nas granjas dos integrados, prestando ainda suporte comercial, técnico e jurídico. Ainda, a BRF vinculou o critério de implantação dos painéis solares no seu programa de remuneração, gerando um bônus para os produtores aderentes.
Em 2023, 57% do volume de aves produzidas veio de produtores integrados com energia fotovoltaica em suas propriedades.
Por meio do Programa de Excelência Energética da BRF, buscamos promover o consumo sustentável de energia em operações fabris e administrativas.
No programa, indicadores de desempenho são estabelecidos e o consumo de energia é monitorado nos diferentes processos produtivos. Mantemos metas anuais de melhoria da eficiência do uso e um plano de investimentos para os próximos anos. Adotamos linhas anuais de investimentos para aplicar recursos próprios para a atualização de tecnologia e para a compra de equipamentos mais eficientes. Como, por exemplo, a padronização de procedimentos de controle de temperatura dos túneis de congelamento; a implantação de controles automáticos e variáveis de equipamentos de ar comprimido; e a atualização da tecnologia de iluminação nas fábricas para o sistema LED.
Além dessas iniciativas, a BRF aproveita a disponibilização de recursos oriundos dos Programas de Eficiência Energética das distribuidoras de energia, sob recomendação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com ações como a substituição de motores e bombas elétricas comuns para equipamentos de alto rendimento.
Em 2023, a intensidade energética foi de 5,97 GJ/t produzida, 4% a menos do que 2022, o que também traz impactos relativos às emissões de GEE.
Além de buscar o uso eficiente de energia elétrica, visamos aumentar para 50% a participação de energia elétrica a partir de fontes limpas até 2030.
Para tanto, em 2021, firmamos uma parceria com a AES Brasil Energia para a formação de uma joint venture para a construção de um parque eólico no Complexo Eólico Cajuína, Rio Grande do Norte. A unidade terá capacidade instalada de 160 MWm, com geração de 80 MWm.
Também celebramos um contrato com a Intrepid Participações S.A, para a construção de um parque de energia solar em Mauriti e Milagres, no Ceará, com capacidade instalada de 320 Megawatt pico (MWp). Em 1.170 hectares, serão instalados 600 mil painéis solares, que permitirão que a energia gerada seja distribuída às nossas unidades no Sul do País.
Em 2023, com início das operações autoprodução de energia eólica somado aos contratos de energia incentivada, 8% do nosso consumo de energia elétrica foi atendido por energia limpa, com rastreabilidade comprovada, sendo 4% de autoprodução. No mês de dezembro, esses números alcançaram 16% e 14%, respectivamente.
Conheça nossos outros pilares
Gestão de Cadeia de Suprimentos
Abrange o controle de origem da matéria-prima e o engajamento dos fornecedores às melhores práticas de sustentabilidade.
Acessar páginaBem-estar animal
Gerencia a prática de manejo dos animais, de acordo com o Programa Global de Bem-estar Animal Feito na BRF que define práticas e compromissos na criação, transporte e abate dos animais.
Acessar páginaMudanças Climáticas
Busca mitigar os efeitos das mudanças climáticas e contribuir para o fortalecimento de uma economia de baixo carbono. A BRF está comprometida em ser uma companhia Net Zero até 2040.
Acessar páginaRecursos Naturais
Promove a gestão do consumo de água e energia ao longo da nossa cadeia de valor. Busca alternativas de geração de energia a partir de fontes limpas e renováveis.
Acessar páginaEconomia Circular e Gestão de Resíduos
Promove a redução, reciclagem e reutilização de materiais em toda a cadeia de valor – dos fornecedores à fase de pós-consumo.
Acessar páginaResponsabilidade Social
Busca disseminar a inclusão, a diversidade e a educação com o Instituto BRF, contribuindo para o desenvolvimento das comunidades em que estamos presentes.
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